
Tudo isso no período de três meses antes de encerrado o seu mandato”, disse o presidente da CPI, Antônio Marcos Papinha. A proposta para o convite a Mocaiber foi feita na CPI, mas foi rejeitada pelos vereadores Jorge Rangel, Dante Pinto Lucas e Marcos Bacellar. “Infelizmente, eu e o vereador Jorge Magal fomos votos vencidos”, resignou-se Papinha.
Ainda assim, o vereador considera-se satisfeito com o trabalho da CPI. “Fizemos o nosso trabalho. A CPI não terminou em pizza, ao contrário de muitas previsões. Mesmo antes de ter seu trabalho concluído, já levou à prisão três pessoas suspeitas, que tiveram seus bens bloqueados e outras que se encontram foragidas.
As diligências foram feitas corretamente, chegamos até as contas bancárias dos envolvidos, checamos notas fiscais de empresas suspeitas e ouvimos uma série de depoimentos. São exemplos de que o trabalho foi correto. A minha sensação é a do dever cumprido”, analisou.
Se aprovado pelo relator, o relatório da CPI deverá ir a plenário para a votação até o dia 20.
Depois de aprovado, será encaminhado ao Ministério Público que examinará a documentação e avaliará a necessidade de acionar a Justiça para julgar e punir os culpados pelo rombo. “Na verdade, o relatório será enviado agora ao MP apenas para cumprimento de uma formalidade, já a quase totalidade dos documentos já entregamos ao promotor Leandro Manhães para que ele fosse logo analisando o teor das denúncias”, frisou.
Se aprovado pelo relator, o relatório da CPI deverá ir a plenário para votação até o dia 20.
Na avaliação de Papinha, a ausência de Mocaiber do rol dos depoimentos não fará com que o trabalho da CPI perca consistência. “Se ele fosse à CPI, iria se complicar. Mas sua ausência não irá comprometer o resultado dos trabalhos. Há muitas evidências e provas fortalecidas com documentos. A CPI cumpriu com seu papel”, acrescentou.
Durante as investigações, foram presos o ex-presidente da Campos Luz, Sivaldo Abílio de Oliveira e outros funcionários da empresa, Itanalei Falcão e Luis Fernando”, disse. Os três se encontram na Casa de Custódia Dalton Castro. “E mais gente pode ir presa, porque as investigações paralelas continuam no Ministério Público e há um inquérito correndo na Polícia Civil (134ª DP, no Centro). O contador Paulo Monteiro, acusado de haver desviado cerca de R$ 15 milhões e que forjava as fraudes nas notas de empresas envolvidas nas irregularidades, encontra-se foragido.