quinta-feira, 7 de maio de 2009

Jornal Folha da Manhã, 07 de Maio de 2009

A CPI da CamposLuz, presidida pelo vereador Papinha (PP) contou com mais um depoimento na manhã de ontem. O ex-diretor financeiro da CamposLuz, Itanalei Falcão, respondeu perguntas formuladas pelos componentes da comissão e deixou claro que confia na integridade do ex-presidente do órgão, Sivaldo Abílio, que não foi localizado pela CPI, segundo Papinha, para receber a convocação.
Após o trabalho pela manhã, à tarde não houve quórum para sessão. De acordo com Papinha, a procura por Sivaldo, que é acusado de causar um rombo de cerca de R$ 40 milhões, foi intensa.
"Tentamos de todas as formas, mas não conseguimos. Agora iremos convocar novamente e pediremos a ajuda da Polícia Civil", explicou Papinha. O vereador lembrou que o depoimento do ex-diretor foi esclarecedor em alguns pontos e contraditório em outros.
"Tivemos a oportunidade de saber como o ex-diretor procedia em relação aos cheques. Mas algumas informações não batiam com o que estamos apurando nos documentos que nos foram entregues", esclareceu. Durante o seu depoimento, Itanalei falou por diversas vezes que confia no ex-presidente Sivaldo Abílio.
"As ações na CamposLuz eram transparentes. Confio na integridade do ex-presidente", disse Itanalei, que, ao ser indagado pelo vereador Magal sobre os gastos de quase R$ 40 milhões com um orçamento de R$ 6 milhões, explicou que esse aumento ocorreu por conta de emendas feitas por vereadores, mas preferiu não citar os nomes dos vereadores. Sobre irregularidades nessas emendas, Itanalei foi enfático.
"Não houve nada de irregular nessas emendas", alinhou. Segundo o vereador Papinha, o desvio de verbas na última gestão pode chegar ao valor de R$ 40 milhões, sendo que cerca de R$ 10 milhões teriam sido desviados no mês de dezembro de 2008.
"Temos informações de pagamentos que foram efetuados sem os serviços realizados. Além disso, existem cópias de cheques sacados em alguns casos por funcionários da CamposLuz na Caixa Econômica. Os cheques não eram emitidos em nome de empresas contratadas, e sim ao portador, o que possibilitava que qualquer um pudesse sacá-los", observa Papinha.

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